![]() |
foto: mais fm |
Empresários e líderes políticos debatem a Região do século 21
A Região Nordeste tem 54 milhões de habitantes
e, se fosse um país, seria a 39ª economia do mundo. Os nove estados e suas
nuances diversas foram o assunto do Exame Fórum Nordeste, ontem, reunindo
economistas, empresários e governantes em debates acerca da nova meta para a
Região: sair definivamente do século 19 e entrar de vez no século 21. No
traçado, a infraestrutura, a consolidação dos empregos e, prioritariamente, o
foco em educação, que foi defenido em palestras que aconteceram no Mar Hotel,
em Boa Viagem.
No debate “O caminho ainda a percorrer: como transformar crescimento em desenvolvimento”, o economista Alexandre Rands comentou a respeito das vocações econômicas do Nordeste, citando as atividades nos setores têxtil e de confecções, alimentos (com força do setor canavieiro, “boa parte ainda nas mãos de nordestinos, mesmo que fora da Região”) e calçados.
“Além disso, vamos entrando em outros setores, como siderurgia, refino e naval”, comentou. E diante de todo esse cenários, emendou o economista: “É preciso investir em educação”.
“No (estaleiro) Atlântico Sul, confundiram qualificação com formação profissional, e o estaleiro pagou um preço alto”, exemplificou, usando o caso do empreendimento localizado no Complexo de Suape, que teve problemas na construção do primeiro navio. Rands ainda pontuou que, a partir de um levantamento feito em sua consultoria, a Data métrica, o número de empregos gerados na maturidade dos grandes empreendimentos hoje em curso no Estado corresponderão a 7% do volume total de ocupações formais. “O problema é que, daqui pra lá, a demanda de mão de obra será muito maior.
A indústria não vai resolver o problema do emprego, mas a educação”, enfatizou. Outro ponto é o custo de vista mais baixo no Nordeste, comparando com outras áreas do País, um fator positivo de competitividade. Rands disse que isso é atrativo para empresas, como as do setor de call center, que já temmais de 50% de suas unidades concentradas na Região.
“Aqui, os salários são mais baixos em termos monetários, mas não em termos reais”, explicou. INTEGRAÇÃO Presente ao evento, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, comentou que estuda, juntamente com Eduardo Campos, a composição de uma região integrada de desenvolvimento econômico entre os dois estados. “Não seria inteligente manter um espírito de competição, porque ali não há mais fronteira”, disse, referindo-se às cidades limítrofes como Goiana e Alhandra.
O espaço, segundo Coutinho, terá procedimentos únicos, inclusive para o fisco. “Estamos fazendo várias reuniões, mas uma região nesse modelo precisa de autorização federal”, disse, prevendo que os trâmites sejam concluídos até o fimdas gestões estaduais.
No debate “O caminho ainda a percorrer: como transformar crescimento em desenvolvimento”, o economista Alexandre Rands comentou a respeito das vocações econômicas do Nordeste, citando as atividades nos setores têxtil e de confecções, alimentos (com força do setor canavieiro, “boa parte ainda nas mãos de nordestinos, mesmo que fora da Região”) e calçados.
“Além disso, vamos entrando em outros setores, como siderurgia, refino e naval”, comentou. E diante de todo esse cenários, emendou o economista: “É preciso investir em educação”.
“No (estaleiro) Atlântico Sul, confundiram qualificação com formação profissional, e o estaleiro pagou um preço alto”, exemplificou, usando o caso do empreendimento localizado no Complexo de Suape, que teve problemas na construção do primeiro navio. Rands ainda pontuou que, a partir de um levantamento feito em sua consultoria, a Data métrica, o número de empregos gerados na maturidade dos grandes empreendimentos hoje em curso no Estado corresponderão a 7% do volume total de ocupações formais. “O problema é que, daqui pra lá, a demanda de mão de obra será muito maior.
A indústria não vai resolver o problema do emprego, mas a educação”, enfatizou. Outro ponto é o custo de vista mais baixo no Nordeste, comparando com outras áreas do País, um fator positivo de competitividade. Rands disse que isso é atrativo para empresas, como as do setor de call center, que já temmais de 50% de suas unidades concentradas na Região.
“Aqui, os salários são mais baixos em termos monetários, mas não em termos reais”, explicou. INTEGRAÇÃO Presente ao evento, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, comentou que estuda, juntamente com Eduardo Campos, a composição de uma região integrada de desenvolvimento econômico entre os dois estados. “Não seria inteligente manter um espírito de competição, porque ali não há mais fronteira”, disse, referindo-se às cidades limítrofes como Goiana e Alhandra.
O espaço, segundo Coutinho, terá procedimentos únicos, inclusive para o fisco. “Estamos fazendo várias reuniões, mas uma região nesse modelo precisa de autorização federal”, disse, prevendo que os trâmites sejam concluídos até o fimdas gestões estaduais.
Fonte: Folha PE