Distante apenas 60 quilômetros do
Recife, Ipojuca é hoje o município em crescimento mais acelerado de Pernambuco,
sendo a terceira maior arrecadação em ICMS do Estado, ficando atrás apenas para
a Capital Recife (R$ 402.826.581,78) e para Jaboatão dos Guararapes (R$
142.628.149,60). Até agosto deste ano, Ipojuca alcançou R$ 124.945.247,10,
seguido pelo município vizinho Cabo, em quarto lugar, com R$ 92.953.696,06. Os
números são da Secretaria da Fazenda de Pernambuco SEFAZ/PE. Este bom momento
econômico se deve ao Complexo Industrial de Suape, que tem 70%de seu território em Ipojuca e os demais
30% no Cabo. Este crescimento também trouxe demandas por moradias, empregos,
escolas e hospitais. Nem tudo são flores, nem tudo é espinho.
Encontrar o equilíbrio social, ambiental
e econômico é o desafio dos gestores públicos de Ipojuca e de toda a região do
litoral e da Mata Sul que se beneficia desta industrialização anunciada. Há 20
anos, o turismo e a cana-de-açúcar eram os motores que moviam a economia de
Ipojuca. Esses segmentos continuam, mas agora dividem espaço e acumulam
problemas por causa da industrialização. Falta mão de obra canavieira e em
alguns casos também no turismo.
As ofertas de trabalho na indústria, no
comércio, nos serviços e o empreendedorismo atraem a população para novas
oportunidades. Neste aspecto, a educação e a capacitação técnica e profissional
é ponto crucial para que haja justiça social e oportunidade para todos. A
Ipojuca que a sociedade deseja para o futuro deve planejar a sua mobilidade
urbana, manter o cuidado ao meio ambiente com foco no desenvolvimento
sustentável e se aperfeiçoar na qualidade da prestação dos serviços públicos de
saúde, da educação e segurança.
Os recursos que o município dispõe estão
à altura do desafio gerencial. A população local e os seus visitantes também
têm a sua parcela de contribuição nos resultados. Cuidar da cidade é dever de
cada um e de todos, juntos em busca de construir um futuro melhor para Ipojuca.
Fonte: Folha PE