quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Siderúrgica Suape acerta parceria com companhia sul-coreana

A sul-coreana Posco E&C, subsidiária da Posto (quarta maior empresa siderúrgica do mundo) é a nova sócia da Companhia Siderúrgica Suape (CSS), cujo início da construção está previsto para o primeiro semestre de 2014. O Grupo Posco terá 10% da siderúrgica pernambucana, por meio do fornecimento de tecnologia , equipamentos, operação e construção da unidade de laminação. 

A assinatura da parceria aconteceu, nesta segunda-feira (25), em Seul, na Coréia do Sul, segundo informou a CSS. O empreendimento fica na área do Cone Suape, dentro do Complexo Industrial Portuário de Suape, e tem investimento orçado em R$ 1,9 bilhão. Mais de três mil empregos serão gerados no período de construção e outros 500 diretos quando a CSS entrar em operação, além de 2,3 mil indiretos. Segundo Cunha, já foram iniciados trabalhos de engenharia no terreno, como sondagem, topografia, levantamento cadastral, cercamento do terreno e outras ações .

As negociações entre o Grupo Posco e a CSS começaram no segundo semestre deste ano, com a apresentação do projeto aos sul-coreanos. Segundo o diretor de Operações da CSS, Alberto Cunha, as reuniões finais foram feitas em outubro último. Dessa assinatura até a produção das primeiras bobinas serão necessários 30 meses, que é o tempo estimado pelo Grupo Posco para iniciar a produção.

"Daremos continuidade ao projeto de engenharia financeira visando a etapa final da contratação. O projeto foi enquadrado na Sudene para garantir recursos do FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste). O financiamento será complementado com linhas de crédito de bancos comerciais já em negociações", comentou Cunha. A produção da CSS vai atender aos mercados da construção civil, naval, eólica e automotivo, além dos segmentos de eletrodomésticos e linha branca.

A siderúrgica pernambucana - localizada em um terreno de 360 hectares - começará operação com 800 mil toneladas anuais e, no auge da produção, deve chegar a um milhão de toneladas. O consumo de aço vem aumentando no Brasil e, hoje, a capacidade instalada é de 29 milhões de toneladas por ano, sendo 20 milhões de aços laminados prontos para o consumo final. A produção, concentrada no Sudeste, acaba encarecendo custos logísticos para empresas localizadas no Norte e Nordeste.

Fonte: Eco Finanças